Reservatórios usados em pesquisa são roubados da Ufal em Arapiraca
Acadêmicos tiveram que improvisar para não prejudicar pesquisa de irrigação
Seis caixas d'água que eram utilizadas por estudantes de Agronomia para a realização de pesquisas foram roubadas do campus da Ufal de Arapiraca na madrugada de terça-feira. Os reservatórios, cinco deles com capacidade de 500 litros e outro de mil litros foram doados ao Grupo Irriga, um grupo de estudantes que desenvolve projetos de pesquisa voltados para a irrigação, pela Secretaria de Estado de Agricultura.
"Quando chegamos na universidade na manhã de terça-feira, fomos informados do roubo pelos seguranças da universidade. As caixas eram usadas em um projeto para dissertação de mestrado e estavam armazenando água para irrigação da cultura de palma. Além do prejuízo financeiro, esse roubo trouxe transtornos para a pesquisa", explicou o aluno de Agronomia, Samuel Barbosa, que integra o Grupo Irriga.
Segundo ele, para evitar mais atrasos, os pesquisadores conseguiram baldes de água. "Um dia de atraso em um experimento, é um dia a mais para o encerramento, e existe prazo para que o trabalho seja concluído. O prejuízo financeiro acontece porque, apesar de os reservatórios terem sido doados, não sabemos quando poderemos ter novamente", declarou.
Samuel Barbosa afirmou que, apesar do transtorno, não ficou surpreso com o roubo das caixas d'água. Segundo ele, não é a primeira vez que acontece. "Tínhamos câmeras de segurança, que ao menos coibiam um pouco a ação de bandidos, mas elas estão sem funcionar. Além disso, a quantidade de seguranças atuando no campus é praticamente a mesma desde quando a Ufal começou a funcionar", afirmou.
Segundo o estudante, a coordenação do curso informou o roubo à direção do campus e aguarda que as providências sejam tomadas.
A assessoria de comunicação da Ufal declarou que a direção não foi formalmente informada sobre o episódio, mas pretende, o quanto antes, iniciar os trâmites para que seja feita reposição dos reservatórios. Em relação às câmeras de segurança, eles declararam que houve uma substituição dos equipamentos, mas o campus não ficou sem monitoramento.