Por G1 AL


Protetores faciais para combate ao coronavírus são produzidos pela Ufal — Foto: Divulgação/Sebrae AL

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está produzindo protetores faciais para profissionais de saúde que estão atuando no combate ao coronavírus. As viseiras são fabricadas com quatro impressoras 3D profissionais, cedidas pelo Sebrae Alagoas para a universidade pelo período de 90 dias.

O primeiro lote de protetores foi entregue na segunda-feira (13). Já foram beneficiados o Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes (HUPPA), Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital do Coração, UPA Trapiche, UPA Benedito Bentes e Santa Casa de Misericórdia de Maceió.

As viseiras do tipo face shield são produzidas na própria universidade por meio de parceria entre o Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV) e o Laboratório de Fabricação Digital (Fab Lab), e pelo coletivo 3D Saves.

A produção é apoiada pelo Sebrae, Petrobras, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas(Fapeal ), ALOO Telecom, Gás de Alagoas S.A. (Algás) e da Imprensa Oficial Graciliano Ramos.

A fabricação dos protetores faciais na sede do Laboratório de Computação Científica e Visual da Ufal começou no dia 22 de março. A expectativa é de que 1,5 mil protetores sejam produzidos até o dia 8 de março.

Segundo o coordenador da equipe do LCCV, Adeildo Soares Ramos Júnior, 201 protetores faciais já foram entregues.

"Nós começamos as atividades sem uma perspectiva de quantas máscaras a gente ia produzir, mas, com o andamento das atividades, nós já temos uma noção de quando iremos parar e quantas máscaras serão produzidas. Em relação ao LCCV/Ufal, onde estão as máquinas do Sebrae, nós temos a perspectiva de mais 25 dias de produção voluntária, onde tentaremos totalizar cerca de 1.500 protetores faciais”, disse o professor.

Adeildo Ramos disse também que o laboratório já tem materiais utilizados na produção dos equipamentos de segurança: filamento para impressão 3D, laminado PET, elástico doados por apoiadores da ação.

Protetores faciais produzidos nas casas de voluntários

Além da produção no laboratório da Ufal, uma rede colaborativa com com mais de 60 voluntários e 46 impressoras 3D está produzindo os equipamentos para os profissionais de saúde. A 3D Saves é liderada pelo professor da Ufal, Eduardo Setton.

A rede de voluntários foi criada no fim do mês de março, incentivada pelo LCCV.

Eduardo Setton explicou que a 3D Saves é composta por proprietários de impressoras 3D, por profissionais liberais, pequenos empreendedores e empresas que se juntaram para apoiar os profissionais da área de saúde no combate à Covid-19.

“É uma ação que começou atrelada à Ufal, mas ela hoje é independente. A gente tem de fato esse apoio técnico que a gente acredita que nunca vai faltar por parte da Ufal e do LCCV”, disse o professor.

As máscaras faciais são produzidas pelos voluntários em suas casas com suas impressoras e seguem as normas de uso no Brasil estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O material chega na casa de cada um ou eles vêm pegar aqui na minha casa. Enfim, é uma coisa bem rudimentar, no sentido de ajudar, mas feita de forma muito profissional com os cuidados que a gente precisa ter”, explicou Eduardo Setton.

De acordo com Eduardo Setton, a rede tem capacidade para produzir 1,5 mil protetores por mês, podendo a chegar a 2mil, dependendo da disponibilidade de material.

“Como essa rede é uma rede de colaboradores que estão produzindo em casa, então tem uma série de variáveis que podem afetar nesse número. Ele pode ficar em torno de 1.500/mês, mas pode de repente aumentar um pouquinho, se aumentar o número de impressoras na rede. Acho que pouca gente sabe que isso está sendo feito. Se a gente tivesse mais algumas impressoras produzindo, a gente poderia aumentar essa capacidade”, disse o professor da Ufal.

O professor disse também que a estimativa é que cada impressora imprima de três a cinco protetores faciais por dia, que é a média.

“A impressora não é para produção em escala, para produção em escala você tem que fazer esses protetores injetado. Então, a impressora é uma forma, um paliativo que a gente está encontrando de ajudar as pessoas, garantido uma produção diária nas casas com alguma coisa de três a cinco por dia, o que daria entre 1.500 e no máximo 2 mil no estágio atual, se a gente tiver o material”, disse Eduardo Setton.

Protetor facial para profissionais da saúde produzido pela Ufal, em AL — Foto: Divulgação/Sebrae-AL

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