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13/05/2020 às 14:21

Morre Carlos Mendonça, vítima do coronavírus

Carlos Mendonça é mais uma vítima da Covid-19. (foto: Arquivo/GA) Carlos Mendonça é mais uma vítima da Covid-19. (foto: Arquivo/GA)

Pai do ex-procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça e presidente do Instituto Arnon de Mello (IAM), o advogado Carlos Mendonça, faleceu nesta quarta-feira, 13, em Maceió, vítima do Coronovírus. Ele tinha 82 anos e estava internado na Santa Casa de Maceió desde a semana passada, lutando contra o vírus, que já matou mais de 150 pessoas em Alagoas.

O falecimento de Carlos Mendonça foi comunicado em nota oficial divulgada pela família:

"Comunicamos com pesar o falecimento do Dr. Carlos Mendonça, ocorrido na manhã de hoje na Santa Casa de Maceió, onde lutava contra a Covid19. O grande alagoano que tanto contribuiu com a vida pública do nosso Estado, deixa a esposa, Dona Felina Mendonça, e os filhos Rosa, Vera e Alfredo Gaspar, genros, nora e netos. A família agradece pelas orações e pelo apoio de todos e informa que o velório e o sepultamento seguirão as normas determinados para o período de pandemia".

PERFIL/ CARLOS ALBERTO PINHEIRO DE MENDONÇA

O IMORTAL QUE FABRICAVA LIVROS

Mário Lima

Carlos Alberto Pinheiro de Mendonça (1938-2020) foi professor aposentado de Direito Financeiro e Finanças Públicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), advogado, consultor geral do Estado de Alagoas e ex-secretário de Estado do Gabinete Civil e autor de uma dezena de livros do Direito. Doutor Carlos Mendonça nasceu em Recife, mas fez toda sua história em Maceió, onde foi eleito imortal da Academia Alagoana de Letras, e desde 1958 fez carreira nas Organizações Arnon de Mello (OAM), empresa de seu amigo, senador Arnon de Mello, como presidente do Instituto Arnon de Mello (IAM) e membro do Conselho Estratégico da Gazeta de Alagoas.  

Ele dirigiu com maestria e zelo o Instituto, onde se tornou um guardião da memória de Alagoas, com o lançamento de livros históricos de grande valor social, como a Enciclopédia dos Municípios Alagoanos, com mais cinco versões anuais atualizadas, e outras importantes publicações como Atlas Geográfico Mundial, Memórias Legislativas de Alagoas, Mulheres Alagoanas e Memória Cultural de Alagoas, que foram as primeiras obras lançadas pelo Instituto ainda na década de 90.

Em seguida vieram a Enciclopédia dos Municípios Alagoanos, o Alagoas Memorável - Patrimônio Arquitetônico; Mestres Artesãos; Alagoas Popular - Folguedos e Danças. Sua última colaboração, nas comemorações do bicentenário da emancipação política do Estado, foi o lançamento do antológico Alagoas 200 anos, com colaboração de grandes intelectuais alagoanos como Cármem Lúcia Dantas, Douglas Apratto e Cícero Péricles.

Em 2013, na sua posse como membro da Academia Alagoas de Letras - na cadeira Nº 19, que era ocupada pelo grande poeta e escritor alagoano Lêdo Ivo – o novo imortal foi apresentado pelo grande amigo, médico e escritor Milton Hênio, também acadêmico:

“E assim o tempo passou e aqui está você completando a sua vida com alegria, assumindo esta Academia, sempre procurando realizar seus sonhos. Vou guardar com o maior carinho a fotografia desta noite. Os anos vão passando e eu ficarei sempre a recordá-la. E cada vez que olhá-la ficarei com saudade desses momentos de felicidade e verdadeira amizade e direi como Carlos Drummond de Andrade a olhar a foto de Itabira, sua terra natal: “É apenas uma fotografia, mas me alegra muito o coração”.

Carlos Mendonça foi filho do emérito doutor e desembargador Alfredo Gaspar de Mendonça, um dos mais brilhantes homens da área jurídica que Alagoas, e pai do ex-chefe do Ministério Público de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.

Ele também foi diretor do Fórum de Maceió, superintendente da Legião Brasileira de Assistência em Alagoas, procurador efetivo do Estado de Alagoas e diretor da Fundação TV Educativa de Alagoas. Foi o fundador e diretor do Sistema de Biblioteca Central da Universidade Federal de Alagoas e muitas outras atividades nesse ramo.

Doutor Carlos Mendonça deixa sua viúva e companheira de longos anos, “um anjo chamado” Felina Mendonça, nas palavras de Milton Hênio, e seus três filhos: Rosa, Vera e Alfredo Gaspar, e netos. 

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