A pandemia do novo coronavírus parece não ter fim tão cedo. Em Alagoas, até o momento, foram computados 7 mil casos confirmados da doença e 352 vítimas de Covid. No futebol, os clubes optaram, de maneira forçada, a adotar medidas para que os atletas treinassem em casa, surgindo assim o ‘home training’. E a base do CSA não ficou de fora. Em entrevista à Gazeta de Alagoas, o técnico da categoria sub-17, Flávio Freire, comentou como está sendo esse momento com a garotada.
“Estamos treinando com eles através de um aplicativo (Coach ID). O nosso preparador físico, Luigi Alpino, passa os treinos, ao vivo. E os atletas realizam os treinamentos tudo dentro da plataforma”, disse o treinador.
Uma preocupação em se realizar atividades online é a questão da conexão ou de algum atleta não ter um meio de acessar a aula. Mas, de acordo com Flávio, todos os atletas estão online. “Nós pensamos nessa dificuldade, de um atleta não ter celular ou não ter acesso à internet. Hoje em dia, com a tecnologia, e como eles estão mais em casa, acredito que todas as casas tenham acesso à internet, ou até pegar na casa do vizinho. Pensamos que seria uma barreira, mas todos os jogadores estão cadastrados e respondendo certo os questionários”, disse.
Outro ponto importante é a parte psicológica dos atletas, ainda mais por serem, em grande parte, adolescentes. Neste momento de pandemia, ter uma boa saúde mental é fundamental para não desenvolver agravantes posteriormente. “Procuro conversar com os atletas. Converso particularmente com eles pelo Whatsapp, saber como eles estão e a família também. Se tem alguém doente ou com sintomas. Nos juntamos com a Ufal e procuramos uma psicóloga para falar com os atletas. Ela começou, uma vez por semana, a dar palestras para os jogadores em conjunto com o sub-17 e o sub-20, referentes à ansiedade. Ela começou na última quinta e fará na próxima (28). Tem surtido um bom efeito nos garotos”, disse Flávio.
E a parceria com a Universidade Federal de Alagoas renderá bastante frutos para a base azulina. Segundo o treinador, os garotos terão à disposição toda a estrutura física da Ufal para realizar os treinamentos. “O CSA terá acesso aos dois campos que têm no campus, às duas academias, às piscinas e à caixa de areia. Acredito que com essa parceria com a Ufal, vamos fazer nosso treinamento de força na academia lá”, informou, mas ele não sabe quando os atletas começarão a usufruir da estrutura da universidade.
Flávio também comentou sobre outra ferramenta que auxilia a checar como estão os garotos no ‘home training’. “Estamos usando um software de monitoramento dos treinos. Assim que acabam, eles avaliam como foi. E no outro dia, quando acordam, respondem como estão, questão de bem-estar, quantas horas dormiram, se dormiram bem e afins. E, diante desses dados, o professor Luigi, que já tem um treino pré-programado, avalia se intensifica ou ameniza mais o trabalho”, revelou.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.