Por G1 AL


Ficando mais tempo em casa, a população passou a perceber um aumento na quantidade de borboletas em Maceió — Foto: Jakeline Santos

Muito se tem falado nas redes sociais sobre o aumento da quantidade de borboletas em Maceió durante o período de isolamento social por causa do coronavírus. Nesta segunda-feira (30), o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), por meio da Gerência de Fauna, Flora e Unidades de Conservação (Gefuc), explicou o real motivo do fenômeno.

Especialistas indicam que o grande fluxo de borboletas nos últimos dias não é devido ao isolamento social, mas ao período de calor, favorável para a reprodução desses insetos e a migração de outras espécies. O que mudou foi a percepção das pessoas, que passaram a notar o fenômeno por estarem mais tempo em casa.

Segundo a pesquisadora e professora do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA-Ufal), Jaqueline Santos, o fenômeno em si sempre existiu.

“Esse período sempre é favorável para a reprodução e surgimento das borboletas. O que a quarentena está favorecendo é a melhor observação desse fenômeno natural, o que nos períodos de correria diária não observavam”, explicou.

Para Epitácio Correia, gerente da Gefuc, a maioria das espécies pode migrar dos extremos Sul e Norte, enquanto outras podem fazer um percurso menor e se reproduzir em um local.

“A importância primordial desse fenômeno é a polinização, porque esses animais têm uma grande porcentagem junto com as abelhas na polinização das vegetações. Além de ser um fenômeno muito bonito para se ver, existe uma importância ecológica e ambiental extremamente significativa que esses animais acabam fazendo nesse hábito de migrar de um local para o outro, e como se tratam de insetos, eles acabam sendo a base da cadeia alimentar para vários outros animais”, ressalta Correia.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!