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Maceió,
Nº 5695
PANDEMIA

COVID PERDE FORÇA EM TODO O ESTADO, APONTA LEVANTAMENTO DA UFAL

Dados mostram que redução dos números de infecção e mortes causadas pelo novo coronavírus em Alagoas deve-se à vacinação

Por regina carvalho | Edição do dia 11/12/2021

Matéria atualizada em 11/12/2021 às 04h00

| Gabriel Moreira


Monitoramento feito por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aponta que a Covid-19 perde força em todas as regiões. Os dados apresentados mostram que o recuo do número de casos e de mortes causadas pelo novo coronavírus deve-se especialmente à vacinação, iniciada há quase 11 meses. A reportagem pergunta ao pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Esdras Andrade se a Covid-19 avança de forma diferente na capital e em regiões do interior. “A doença vem perdendo força em todas as regiões do Estado. Dos 102 municípios, 62 não registraram novos casos da Covid-19 nas últimas oito semanas. Outros 23 municípios registraram contaminação em apenas uma dessas oito semanas. Isto significa que cerca de 83% dessas unidades municipais apresentam baixíssimo a muito baixo grau de avanço da doença”, explica. Esdras Andrade detalha que a Região Metropolitana de Maceió também segue essa tendência de baixa, mas está com um grau de criticidade considerado baixo, o que corresponde a um crescimento nos números de infecção em duas dessas últimas oito semanas. “Atualmente, o caso que mais chama a atenção é o município de Igreja Nova, onde foi registrado um avanço da Covid-19 em quatro de oito semanas”, avalia.

VACINAÇÃO

Já o infectologista Fernando Maia reforça que este ano foi de enfrentamento mais efetivo à Covid-19, marcado pela vacinação. “A gente está vendo agora o resultado desse trabalho, que é a nítida redução dos casos à medida que a vacinação vai avançando, não só no Brasil, mas em outros lugares em que se observou uma vacinação mais efetiva, com redução de casos, de internamentos e mortes. Isso é muito bom”, avalia o médico. “Os principais pontos negativos que vejo ainda são a falta de adesão de muitas pessoas às medidas sanitárias indispensáveis, que é usar máscara e manter o distanciamento social. Tem muita gente que tem dificuldade de seguir essas regras básicas de enfrentamento e também infelizmente o movimento antivacina, que fez muitos adeptos por aqui. E tem muita gente que não se vacinou e declara abertamente que não vai se vacinar. E quanto mais pessoas não se vacinarem, mais casos vamos continuar a ter de Covid. Ano passado e esse ano nós tivemos recordes de falta de vacinação não apenas contra a Covid, mas contra todas as doenças”, lamenta o infectologista.

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