Descrição de chapéu Coronavírus

Veja histórias de artistas e jornalistas que morreram de Covid-19

Mais de cem familiares enviaram foto de calçados para representar a perda de parente ou amigo; Brasil registrou mais de 200 mil mortes pela doença

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Montagem com sapatos de pessoas mortas pela Covid no Brasil em 2020. Folha fez especial para marcar as 200 mil mortes no país reunindo esses itens pessoais de quem se foi Arquivo Pessoal

São Paulo
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NICETTE BRUNO (1933-2020) - Arquivo pessoal

NICETTE BRUNO, 87, atriz, Rio de Janeiro (RJ)

Nicette teve uma longa história na arte. Filha de artistas, nasceu em Niterói e estudou piano na infância. Com quatro anos, participou de um programa infantil de rádio, sua estreia. Conciliou o teatro com as muitas novelas na Globo, emissora que a contratou em 1980. Seu primeiro papel na telinha foi de uma freira e o último foi de uma madre no remake de "Éramos Seis".


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DAISY LÚCIDI (1929-2020) - Arquivo pessoal

DAISY LÚCIDI, 90, atriz, Rio de Janeiro (RJ)

Daisy comandou por 46 anos o programa “Alô Daisy”, da Rádio Nacional, e atuou em novelas como “Paraíso Tropical”, de 2007, “Passione”, de 2010, e “Geração Brasil”, de 2014. Também foi vereadora e deputada estadual do Rio de Janeiro, pelos partidos PDS, PFL e PPR. A atriz foi casada com o jornalista esportivo Luiz Mendes, que morreu em 2011. Deixa quatro bisnetas.


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GÉSIO AMADEU (1947-2020) - Arquivo pessoal

GÉSIO AMADEU, 73, ator, São Paulo (SP)

O ator Gésio Amadeu começou a se arriscar na carreira artística ainda criança, mas ficou nacionalmente conhecido como Chefe Chico, da novela infantojuvenil “Chiquititas”, em 1997. Gésio participou de “Terra Nostra” (1999), “Sinhá Moça” (2006) e “Flor do Caribe” (2013). Sua risada preenchia o lugar onde estava. Mário Amadeu enviou a foto do último tênis que o pai usou.


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GIL LOPES (1950-2020) - Arquivo pessoal

GIL LOPES, 70, artista plástico e funcionário público, Maceió

Gil era artista plástico e funcionário público da Universidade Federal de Alagoas, no Museu Theo Brandão. Sua grande paixão era o Carnaval. Membro do bloco Filhinhos da Mamãe, não perdia o Galo da Madrugada. Seu lema era levar a vida numa boa, aproveitar o tempo para amar, cuidar das pessoas e se divertir. Solteiro, deixou orfãos seus sobrinhos.


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JOÃO CARLOS PEREIRA (1959-2020) - Arquivo pessoal

JOÃO CARLOS PEREIRA, 61, jornalista, Belém (PA)

Jornalista no Liberal, João Carlos escreveu sobre assuntos variados, mas era especialista no Círio de Nazaré. Foi também professor universitário e escritor de ficção. Seu último texto, intitulado “Senhor”, foi escrito na UTI. A parte final foi redigida à mão e entregue à filha para que levasse ao jornal. O sapato era o seu preferido, mas ele gostava mesmo era de andar descalço.


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ROMEU CESAR (1961-2020) - Arquivo pessoal

ROMEU CESAR, 59, locutor, Valinhos, SP

Criador do bordão “Feraaaa”, usado nas transmissões esportivas, Romeu ficou 26 anos no ar pela rádio Globo de São Paulo. Cobriu cinco Copas do Mundo. Encerrada a carreira no rádio, em 2007, Romeu investiu na política (foi chefe de gabinete de deputado) e no comércio (fabricou calçados durante sete anos). Não pretendia parar. Planejava cursar pós-graduação em finanças.


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JORGE LIRA (1958 -2020) - Arquivo pessoal

JORGE LIRA, 61, engenheiro e músico, Natal (RN)

Jorginho construiu sua vida na engenharia e na música. Foi engenheiro civil da secretaria estadual de infraestrutura e participou por 35 anos da Banda Anos 60, famosa em Natal. Além de cantar, tocava teclado, guitarra e violão. Canções de Roberto Carlos, Os Incríveis, The Beatles, Rolling Stones e a Jovem Guarda eram prioridade nos shows. Esses eram seus sapatos favoritos.


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NORIVAL HERMENEGILDO LUPPIA (1933 -2020) - Arquivo pessoal

NORIVAL H. LUPPIA, 86, músico, Jaboticabal (SP)

Não havia uma semana sequer que seu Vavá passasse sem lustrar o par de sapatos de couro preto. O item era indispensável nas apresentações de música. Saxofonista, participou de quase uma dezena de grupos musicais, alguns dos quais ajudou a criar, desde que iniciou os estudos do instrumento, em 1955. Por muitos anos, trabalhou também em uma concessionária.


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ROBSON DE SOUZA LOPES (1976 - 2020) - Arquivo pessoal

ROBSON DE SOUZA LOPES, 43, músico, Manaus (AM)

Robson de Souza Lopes era músico. Adorava tocar na igreja e passar os dias se divertindo com os filhos e sobrinhos. Era o brincalhão da família. Com os amigos, era o que dava conselhos. O sapato preto era o preferido quando era chamado para trabalhar nas cerimônias de casamentos, o tipo de evento de que ele mais gostava. Deixou a mulher e dois filhos.


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NINO VOZ (1986 - 2020) - Arquivo pessoal

NINO VOZ, 33, cantor, São Paulo (SP)

Nino fez parte da turnê do grupo Balão Mágico. Era casado com Andréia Félix, 36, há quatro anos. Música e churrasco eram as coisas que mais gostava. Se pudesse cantar em um churrasco, com a família reunida, era alegria na certa. O seu par de calçados preferidos era um tênis que havia sido comprado por Andréia. Deixou a esposa e um filho de 14 anos.


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