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Estudantes de odontologia de Alagoas travam luta para garantir direito à vacina contra Covid-19

Mesmo inseridos em Plano Nacional de Imunização, estudantes estão sendo barrados e temem contágio

Mesmo inseridos no grupo prioritário da área da saúde, os estudantes de Odontologia lutam para receber a vacina contra a Covid-19. Barrados e sem perspectivas de serem imunizados, os estudantes temem pela própria vida. Eles seguem fazendo atendimentos ao público diariamente em consultórios feitos para aulas.

Estudante do 7º período de odontologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Vinícius Hallan Souza de Lima conta que as aulas práticas voltam na próxima semana. "O atendimentos voltam a partir da semana que vem, na minha faculdade. Atendemos o paciente sem máscara, com instrumentação e aerossóis [partículas ainda menores que as gotículas] sendo aplicados dentro da boca de um potencial contaminado pela Covid", disse o estudante.

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Vinicius relata que a peregrinação para que os estudantes de odonto sejam vacinados é longa. "Já tentamos fazer contato com a coordenação do curso e, ao tentarmos nos vacinar com uma declaração fornecida pela coordenação de nossa faculdade, fomos barrados. Dias depois, criaram uma nova restrição às vacinações para estudantes. Tornou-se obrigatória a apresentação de um Termo de Compromisso de Estágio - que apenas hospitais e unidades de saúde têm posse (e, no caso dos futuros dentistas da minha universidade, só estaria disponível no décimo período de curso)".

O Plano Nacional de Imunização inclui os acadêmicos de saúde como grupo prioritário de vacinação, desde que estejam, no mínimo, em atividades práticas.

"Acredito que tanto os acadêmicos de Odontologia quanto os de outros cursos da área da saúde tenham se reunido com a Secretaria de Saúde. Inclusive, nós da Odontologia contamos, também, com a ajuda das vereadora Teca Nelma e da deputada estadual Cibele Moura, que tentaram colocar em pauta a questão da nossa vacinação. Mas, ao que tudo indica, as ações não lograram sucesso", finalizou Vinicius.

A presidente do Centro Acadêmico do curso de Odontologia da Ufal, Giulianna Fazolin, que cursa o 8º período, conta que já aconteceu uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). "Nessa reunião com a SMS, informaram que entendiam a nossa causa, que estávamos inseridos no plano, mas passaram a pauta para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), onde nos reunimos ontem [nessa quarta-feira, 16], e não deu em nada. Inclusive, tinha uma responsável pela banca da vacina, que determina os grupos, e ela informou que aula prática é diferente de estágio e por isso não iríamos receber a vacina|", afirmou.

Giulianna conta, também, que o secretário executivo de ações de saúde, Marcos Ramalho estava nessa reunião. "O secretário estava, porém não fez questão em prestar atenção no que estávamos falando. A reunião durou horas e horas, não deu em nada. Quem está nos ajudando é a vereadora Teca Nelma, mas ela não tem esse poder de liberar a vacina. Vamos voltar a atender e correndo um risco enorme".

Sobre os atendimentos, Giulianna diz, ainda, que "fazemos cerca de 900 atendimentos dentro da própria universidade, na clínica escola, com uma carga horária bem maior que a do último período denominado estágio, são atendimentos idênticos com o mesmo risco de contaminação, e não estamos tendo acesso a vacina, mesmo estando inclusos no PNI"

Com ela, na reunião de ontem, tinham estudantes de medicina da Unit, Ufal e Uncisal, e nutrição da Ufal, passando pelos mesmos problemas que os estudantes de Odontologia. "Também tem atendimento ao público pelo SUS em hospitais e estão sem acesso porque não estão vacinados. Nós da odonto [Ufal] contabilizamos junto com a coordenação a quantidade de 120 alunos em atendimento clínico que precisam da vacina para atender. Não é uma quantidade absurda de doses, não entendemos o porquê estão nos barrando nas filas".

"A palavra estágio obrigatório só aparece pra gente (odonto-ufal) no último período, que é quando vamos para hospital e posto de saúde atender. Em outras faculdades de Odontologia também, como a Fat, eles tem essa terminologia de estágio a partir do oitavo período, mesmo não tendo atendimento em hospital, e conseguiram a vacina por conta da terminologia", concluiu Giulianna.

Outros estudantes, além de Vinicius e Giulianna, em conversa com a Gazetaweb, relataram que a realidade dos estudantes de Odontologia em aula prática, com atendimento aos pacientes, começa no 4º período. Eles dizem, também, que a "palavra estágio obrigatório" só aparece no 8º período, o que representa uma janela sem imunização muito grande para os estudantes que fazem a prática de um dentista em qualquer consultório, seja privado ou particular.

A reportagem da Gazetaweb entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sesau e aguarda um posicionamento sobre o caso.

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