Covid: AL tem aumento de 14% no número de óbitos e Observatório da Ufal fala em agravamento

31/05/2021 12:51 - Maceió
Por Redação*
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O Observatório Alagoano de Políticas Públicas Para Enfrentamento à Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) divulgou um boletim nesta segunda-feira (31) e afirmou que Alagoas sofre um agravamento da pandemia. Ainda conforme o boletim, o número de óbitos, contudo, aumentou 14%: 126 vidas perdidas, na última semana.  Além disso, o Observatório também disse que o estoque de testes no Estado é crítico.

Apesar do aumento no quantitativo de testes RT-PCR realizados pelo Lacen em relação às semanas anteriores, Alagoas bateu nesta 21ª Semana Epidemiológica um recorde de exames pendentes: 18.335 casos em investigação no domingo (30). 

Ao recente agravamento da pandemia e ao contingente de testes pendentes, se soma o fato de os estoques de RT-PCR e testes rápidos do estado estarem em níveis muito baixos: 2.210 e 11.945, respectivamente, segundo o último boletim semanal do Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). O estado testou 6.660 pessoas no decorrer da última semana, mantendo a elevada proporção de resultados positivos das semanas anteriores. 

A política de testagem do estado pode sofrer maiores gargalos caso haja falta de suprimentos, alerta que se acende com os dados apresentados pelo último boletim de testes divulgado pela Sesau. A semana se encerrou com um número levemente menor de casos confirmados (-5%), ainda no platô acima dos 4.000 casos que vem sendo observado nas últimas semanas. 

Entre as doze regiões analisadas pelo Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC), cinco tiveram aumento de casos, e sete de óbitos. Maceió, que vinha registrando quedas em ambos os indicadores, apresentou um aumento nos dois na 21ª Semana. 

Foram cinco semanas de queda no número de óbitos confirmados semanalmente, indicador que voltou a subir. Arapiraca e a 1ª Região Sanitária apresentaram as maiores incidências de casos (261 e 153 casos para cada 100 mil habitantes, respectivamente). Nos óbitos, os maiores números foram da 6ª Região Sanitária e da 2ª Região Sanitária, com 6,8 e 5,4 mortes para cada 100 mil habitantes. 

A tendência de alta na ocupação de UTIs se manteve na semana: a taxa de ocupação superou os 90%, e passou toda a semana acima dos 80%, patamar onde medidas rígidas de isolamento social são aconselhadas pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste (C4NE). No último sábado, dos nove municípios com leitos de UTI, seis apresentavam lotação acima dos 90%, e outros dois acima de 80%. Palmeira dos Índios, por exemplo, se encontrava com 100% de lotação neste domingo (30). 

Arapiraca, segunda maior cidade do estado e que normalmente apresenta incidência elevada de casos, 95%. São Miguel dos Campos também se encontrava com 95% de lotação, seguida de Santana do Ipanema (93%), Maceió (90%), Porto Calvo (90%), Coruripe (87%) e Penedo (80%). 

*com Assessoria

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