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Maceió,
Nº 5701
Opinião

NÚMEROS EM QUEDA

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Por Editorial | Edição do dia 09/11/2021

Matéria atualizada em 09/11/2021 às 04h00

O Brasil registrou ontem a menor média móvel de óbitos por Covid em 2021. Foram 269,2 vítimas na média, uma queda de 21% em relação aos últimos 14 dias e 91% em comparação com o pico da pandemia, em abril. Outra boa notícia é que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, nove estados e o Distrito Federal não registraram mortes por Covid em 24 horas.

Em Alagoas, os dados também são animadores. Levantamento feito por pesquisadores da Ufal mostram que 94% dos bairros de Maceió e 95% dos municípios alagoanos não tiveram óbitos por Covid na última semana. Os números são a prova inequívoca do sucesso da vacinação contra a doença. Desde o início da campanha de imunização, já foram aplicadas mais de 281 milhões de doses das vacinas. Segundo o MS, o Brasil está com 88% da população-alvo vacinada com a primeira dose e 70% com o esquema vacinal completo – com a segunda dose ou dose única do imunizante. Para 2022, o governo federal garantiu mais de 354 milhões de doses, sendo 100 milhões serão da Pfizer, 120 milhões da Astrazeneca. Mais 134 milhões de vacinas remanescentes da campanha de 2021 serão utilizadas no próximo ano. Diferentemente do que aconteceu em países como os Estados Unidos, no Brasil a população aderiu em massa à vacinação, e a estrutura do nosso Sistema Único de Saúde garantiu a aplicação dos imunizantes em todo o País. Graças à aceleração da vacinação e à queda do número de casos e de óbitos, portanto, aos poucos a vida vai retomando seu ritmo normal, com o fim de boa parte das medidas restritivas que foram adotadas para conter a pandemia, principalmente a limitação de público em eventos. Especialistas alertam, entretanto, que ainda não é hora de relaxar totalmente. O uso de máscaras em locais fechados continua fundamental para evitar que haja repiques. A pandemia parece estar arrefecendo, mas suas marcas talvez nunca cicatrizem. Afinal, foram mais de 600 mil vítimas só no Brasil. A experiência também deve servir de alerta para a necessidade de mais união entre os entes federados, pois o combate a um desafio dessa dimensão exige uma ação coordenada.

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