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Faltou espaço no auditório da reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para tanto entusiasmo dos estudantes alagoanos premiados, além de familiares e professores, que participaram da solenidade de entrega das medalhas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas  (OBMEP). 

As medalhas são das edições de 2019 a 2021, já que neste período as solenidades de premiação não puderam acontecer, por causa das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Ao todo, foram 161 premiados. 

Na edição de 2021, em Alagoas, foram 107 medalhistas de mais de 70 municípios alagoanos. A maior premiação já registrada pelo estado, incluindo seis ouros. “Esse é um momento de muita festa. Ficamos muito felizes de receber esses jovens talentos alagoanos aqui na Universidade. Para nós que somos professores, é uma grande realização”, destacou o professor Krerley Oliveira, do Instituto de Matemática (IM), que é um grande entusiasta e divulgador da OBMEP. 

Os estudantes premiados recebem incentivos para investir nos estudos. “Um dos prêmios é uma bolsa de estudos que permite aos medalhistas fazer curso na Universidade de março a novembro, com professores da Ufal e apoio dos graduandos. É um projeto de Extensão para estimular estudantes do ensino médio que optem por continuar os estudos de graduação na área de Exatas, já que o nosso estado é carente desses profissionais”, relata Krerley. 

E para 2023, tem mais projetos. “Vamos ter um contraturno para alunos do Ensino Médio, que vão fazer cursos na Universidade, três dias por semana. São cursos avançados de Matemática, Inteligência Artificial e Ciência dos Dados. Serão duas aulas remotas e uma presencial, por semana. Este projeto tem apoio de empresas locais e nacionais, que também querem superar a carência de profissionais qualificados. Mas o principal objetivo é incentivar esses talentos a continuarem estudando”, informa Krerley. 

A competição está cada vez mais participativa. Em 2021, foram mais de 18 milhões de estudantes de todos os municípios brasileiros. A OBMEP abre portas e o estudante Felipe Adeildo da Silva, de 16 anos, sabe bem disso. “Sou medalhista de prata de 2021, com muito orgulho, e já participo no Instituto de Matemática de projetos na Ufal, a convite do professor Krerley”, celebra o estudante. 

Sofia Martins Vilaça, de 13 anos, veio a receber a medalha de bronze. “Eu me dediquei às aulas, participei de várias provas e me esforcei bastante para conquistar essa premiação. Matemática é minha matéria preferida na escola e nunca tive muita dificuldade. No futuro, quero ser estudante da Ufal, como minha mãe, que se formou aqui”, planeja a estudante. 

O reitor Josealdo Tonholo participou da solenidade de premiação. “Estamos muito felizes com esse auditório lotado. É uma demonstração da força do nosso estado, particularmente desses estudantes do ensino fundamental e médio, que acreditam na Educação como forma de transformar a realidade deles. É uma cerimônia muito bonita, que revela uma dedicação extraordinária. A OBMEP é um sucesso reconhecido internacionalmente e temos muita honra em sediar essa premiação. Aproveitamos também para parabenizar todos esses professores e professoras que se esforçam para manter essa qualidade de ensino”, finalizou o reitor.

Ascom Ufal