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Covid inicia curva decrescente, mas especialista alerta sobre riscos do Carnaval

Para infectologista, cenário valida projeção científica, mas pondera que aglomerações no Carnaval podem gerar novo repique

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última quinta-feira (17) aponta tendência a forte queda nos casos notificados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, considerando a tendência de longo (últimas seis semanas) e curto prazos (últimas três semanas). Nota Técnica divulgada no dia anterior já apontava redução na ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes diagnosticados ou com suspeita de Covid-19. Na análise sobre capitais e estados, Maceió, que no estudo do dia 8 aparecia em zona de alerta critico, com mais de 80% de ocupação, cai para alerta intermediário, com 69% de ocupação dos leitos. Alagoas caiu nove pontos, de 69% para 60% de ocupação.

Para o médico infectologista e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Fernando Maia, a tendência confirma as projeções científicas e reflete a trajetória comum à variante Ômicron – alta transmissibilidade, explosão de casos de menor gravidade, queda –, conforme observação em outros locais. Ele alerta, entretanto, que eventual afrouxamento das medidas de proteção, especialmente no feriado de Carnaval, pode provocar um rebote de alta de casos, como ocorreu após as festas de final de ano.

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“Em todos os lugares em que essa variante Ômicron chegou, houve uma explosão de casos – a comparação tem sido feita como se fosse um tsunâmi de casos, por geralmente o número de contaminações ser muito alto, mas a grande maioria dos casos ser leve”, analisa. “Daqui a duas semanas, a gente tem Carnaval e não é ainda o momento de se fazer aglomerações porque a gente pode ter um rebote grande de casos por conta das aglomerações que são normais nesse tipo de evento”, pondera o especialista.

A Nota da Fiocruz observa que embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam elevadas, o enfraquecimento da grande onda de casos provocada pela Ômicron, sentida em dados epidemiológicos, começa a se refletir na diminuição da ocupação de leitos de UTI.

“A gente já tem observado isso em outros lugares, onde houve uma explosão muito grande. O termômetro atual é São Paulo, que teve uma explosão muito alta de casos inicialmente e as emergências já estão ficando bem mais tranquilas nesses dias. A gente espera que isso aconteça aqui logo, logo”, analisa Fernando Maia.

A Nota Técnica destaca os avanços na campanha de vacinação como fator fundamental para impedir o tsunami de casos críticos e graves, internações e óbitos. Os pesquisadores observam que para não frear a trajetória de queda de casos graves, é necessário cobrir os claros na campanha vacinal e avançar com a vacinação das crianças.

“É central que se avance ainda mais na campanha de vacinação com políticas e estratégias ativas, para que os adultos não vacinados o façam e que os que tomaram a primeira dose completem o esquema vacinal, além da necessidade de se ampliar rapidamente a cobertura vacinal para crianças”, sugere o estudo.

O médico Fernando Maia complementa: “o cenário se justifica primeiro, pela pouca gravidade da própria variante, mas também por conta da vacinação e geralmente, após a entrada dessa variante, a tendência é que o número de casos diminua, levando a pandemia a dar uma esfriada grande. É isso o que a gente espera que aconteça aqui no Brasil também. Mas realmente, não é momento de haver festas com grandes aglomerações de pessoas”, comenta.

A pandemia no Brasil

Alagoas segue na zona de alerta intermediário, junto com outros 14 estados em que as taxas de ocupação de leitos caíram pelo menos cinco pontos percentuais: Pará (79% para 63%), Amapá (63% para 44%), Tocantins (81% para 64%), Piauí (87% para 77%), Ceará (73% para 59%), Rio Grande do Norte (89% para 80%), Pernambuco (88% para 81%), Alagoas (69% para 60%), Sergipe (75% para 61%), Espírito Santo (87% para 79%), Rio de Janeiro (59% para 52%), São Paulo (71% para 66%), Mato Grosso do Sul (92% para 85%), Mato Grosso (81% para 72%) e Goiás (80% para 72%).

Maceió, que no levantamento anterior aparecia na zona de alerta crítico, com 82% de ocupação de leitos de UT Covid, agora passa à zona de alerta intermediário, com 69% de ocupação, queda de 13 pontos percentuais. Estão nesse patamar, além da capital alagoana, outras 11 capitais: Porto Velho (78%), Palmas (65%), Teresina (70%), Fortaleza (70%), Maceió (69%), Salvador (69%), Belo Horizonte (75%), Vitória (78%), São Paulo (64%), Curitiba (70%), Porto Alegre (63%) e Cuiabá (67%).

Cenário epidemiológico

Nas últimas quatro semanas, entre os casos positivos para algum vírus respiratório, a maior prevalência foi de covid-19, que representou 90,2% do total. A análise compreende o período entre 6 e 12 de fevereiro, considerada a Semana Epidemiológica 6, e tem como base os dados inseridos no SivepGripe até 14 de fevereiro.

De acordo com os indicadores de transmissão comunitária de SRAG, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão, todas as capitais se encontram em macrorregiões de saúde com nível alto ou superior, a maioria, em nível alto.

A Fiocruz ressalta que, dada a heterogeneidade espacial da disseminação da Covid-19 no País e nos estados, recomenda-se que sejam feitas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos é potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado. “A situação das grandes regiões do país serve de base para análise do cenário, mas não deve ser o único indicador para tomada de decisões locais”, recomenda a nota.

Ocupação de leitos de UTI cai em todo o País, o que aponta para arrefecimento da variante Ômicron
Ocupação de leitos de UTI cai em todo o País, o que aponta para arrefecimento da variante Ômicron | Foto: Agência Brasil

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