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Síndromes gripais

COVID-19: UM TERÇO DA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UFAL TESTOU POSITIVO

Desde março de 2021 foram realizados cerca de 6 mil testes para a doença em servidores, técnicos, alunos

Por Regina Carvalho | Edição do dia 23/07/2022

Matéria atualizada em 23/07/2022 às 04h00

A comunidade acadêmica que apresentou sintomas gripais ou tinha parentes infectados foi submetida ao teste para a detecção da Covid
A comunidade acadêmica que apresentou sintomas gripais ou tinha parentes infectados foi submetida ao teste para a detecção da Covid | Renner Boldrino/Ascom Ufal

Os pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas exerceram papel fundamental no início e no auge da pandemia de Covid-19. Agora, em 2022, mesmo com o avanço da vacinação ainda é importante testar o máximo de pessoas para o controle da doença e identificação de novos casos e é exatamente isso que está acontecendo na Ufal. A comunidade acadêmica que apresentou sintomas gripais ou tinha parentes infectados foi submetida ao teste para a detecção da Covid e os resultados mostraram que pelo menos um terço dos que fizeram o RT-PCR estava infectado. Desde março do ano passado foram realizados cerca de 6 mil testes para a Covid em servidores, técnicos, alunos e colaboradores (capital e interior) e desses de 30 a 35% estavam com o vírus. “Nós temos uma unidade de testagem que está funcionando desde março do ano passado, que está realizando coletas periódicas no campus AC Simões segunda e quarta das 8h30 às 11h20 e em Arapiraca às terças-feiras das 8h30 às 11h30 e no campus do Sertão quando há demandas, geralmente nas quintas-feiras pela manhã. É uma unidade que funciona semanalmente, que realiza coleta e faz o processamento das amostras e os resultados saem em até 48 horas”, explica a vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcanti. De acordo com ela, do início do funcionamento da unidade de testagem foram realizados aproximadamente 6 mil testes. “Um volume muito grande para uma equipe muito pequena considerando o tamanho da universidade como um todo”, diz. Ela acrescenta que “a quantidade de testes positivos varia de acordo com a sazonalidade e com o momento que estamos vivenciando frente a pandemia”. Na Ufal, a atenção também está redobrada neste momento quando cresce o número de casos e mortes. “Porém para esse atual momento que estamos vivenciando agora que é um período de sazonalidade dos vírus gripais, o período chuvoso no Nordeste e automaticamente pós volume de festas públicas estamos de fato assim como em qualquer outro ambiente do estado que está realizando testes para a Covid em RT-PCR teve um aumento e no caso da nossa unidade que testa apenas docentes, técnicos, estudantes e colaboradores da Ufal nós estamos tendo uma prevalência que está variando entre 30 a 35% de casos positivos, ou seja, de testes positivos dentro da nossa instituição”, reforça. Segundo a vice-reitora, que é mestre em Biologia Animal e doutora em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco e que atualmente está à frente do trabalho de combate à pandemia coordenando a Unidade de Testagens de Sars-Cov2, quando diagnosticado o vírus, se for aluno ele automaticamente é afastado das atividades acadêmicas. Ele deve encaminhar o resultado à coordenação do curso e fica cumprindo a quarentena. Se for servidor, docente ou técnico deve seguir o mesmo protocolo, culminando com o afastamento das suas atividades laborais. “Uma vez detectado uma pessoa positiva nós retiramos ela do convívio social, automaticamente a gente quebra a cadeia de transmissão e aí passa a ter o tratamento para a Covid e não de forma empírica.”, reforça Eliane. Na Ufal, o uso de máscaras ainda é obrigatório. Uma vez identificado um membro da comunidade acadêmica positivado, ele é automaticamente afastado de suas atividades e todas as pessoas que estiveram em exposição ficam em observação, porque se apresentarem sintomas gripais serão testados também. Caso esteja com o vírus, é colocado em quarentena. “Outra medida é que pessoas com síndromes gripais aconselha-se a realizar testagem para que de fato haja a identificação de casos positivos e as atividades fluem normalmente a não ser que uma turma de trinta alunos aproximadamente cinco ou seis estejam positivos, aí toda essa turma é colocada em atividade remota por sete dias até o retorno das condições normais”, finaliza a vice-reitora.

Izadora Lopes é relações públicas, trabalha na Ufal e o marido é professor da instituição. Em janeiro deste ano, após apresentar sintomas gripais – que acreditava inicialmente ser por causa de uma crise alérgica – resolveu fazer o teste para a Covid na universidade, principalmente depois que o esposo teve febre.

No dia seguinte depois de ser submetida ao RT-PCR recebeu o resultado. Os dois estavam com Covid. “Foi importante fazer o teste naquele momento porque a gente se cuidou e acabou impedindo que outros também se infectassem”, disse Izadora. Segundo a assessoria de comunicação da Ufal, as aulas seguem normalmente nos quatro campi de Alagoas.

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