Museu de História Natural da Ufal sofre com problemas estruturais com as fortes chuvas
O acervo do Museu de História Natural da Ufal corre riscos devido às más condições do prédio, que fica no bairro do Prado, em Maceió. Com as fortes chuvas, surgiram infiltrações no teto, a pintura ficou danificada e a parte elétrica está comprometida.
A estrutura é centenária e os recursos para mantê-la são poucos. Jorge Luiz diretor do museu explicou que a dificuldade na manutenção da estrutura é grande, principalmente devido a proximidade com a praia.
“Depois das chuvas tivemos muitos problemas com infiltrações, principalmente na parte de visitação pública. Essas infiltrações comprometem o acervo, comprometem o material que está exposto e dificulta muito a manutenção".
Infiltrações no teto atingem a parte Elétrica do museu de História Natural em Maceió — Foto: Reprodução/TV Gazeta
O museu é vinculado a universidade federal e não tem orçamento próprio. Com o bloqueio de 14% da verba destinada a Ufal, pelo Governo Federal, manter o museu se tornou ainda mais difícil.
O reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, disse em nota à TV Gazeta que a estimativa da reforma é em torno de R$ 1 milhão e que a universidade não tem orçamento devido aos cortes de verba.
“O museu precisa de um olhar diferenciado. A gente sente muito a falta de investimentos, não por parte da universidade, que vem se esforçando muito, mas a gente sente que tem uma bancada de políticos no estado que não valorizam o patrimônio cultural com algumas raras exceções”, disse Jorge Luiz .
Mesmo com as deficiências da estrutura, o diretor garantiu que as peças do acervo estão protegidos das infiltrações. Com fósseis de até 400 milhões de anos, o museu não é apenas um banco de dados para pesquisadores, mas para atender a população.
“Os museus expandem a sua informação com o atendimento ao público. As pessoas precisam conhecer, ninguém cuida daquilo que não conhece”, disse.
Fósseis correm risco devido as infiltrações e falta de estrutura em Maceió — Foto: Reprodução/TV Gazeta