Este é o segundo romance da professora Danielma Reis, que é docente da Universidade Federal de Alagoas no curso de Ciências Biológicas. Se eu pudesse me perdoar está em fase de pré-venda na Amazon e será lançado de forma independente no dia 14 de maio, tanto de forma física como e-book.

O livro tem como cenário Alagoas do início do século XX e conta a história de Adelina, uma jovem negra que perde os pais em um naufrágio. Sem ter mais ninguém para auxiliá-la, ela fica sob a tutela dos tios paternos, que planejam se apossar da sua herança. Ao descobrir o plano dos tios, a moça procura ajuda de Elias, um conhecido da família que está passando por problemas financeiros. Juntos, eles traçam um plano para reaver a herança de Adelina, o qual mudará a vida deles para sempre.

“É um romance, bem água com açúcar, mas que tem uma questão central, a culpa. Para mim foi uma delícia escrevê-lo, principalmente na parte de pesquisa histórica em que pude aprender muito mais sobre a história do nosso Estado, inclusive obras de professores da Ufal serviram de referência”, comenta Danielma.

O caminho até os livros

A paixão pela Literatura e escrita anda lado a lado com sua paixão pelo ensino e a pesquisa. “Sou natural de Maceió, morei anos bem pertinho da Ufal e sempre dizia que um dia eu ia entrar lá. Esse dia foi justamente na véspera do meu aniversário de 18 anos, em 4 de fevereiro de 2005, quando soube por uma amiga que meu nome estava na lista dos aprovados para o curso de Ciências Biológicas, um feito que ninguém da minha família tinha conseguido até então”, conta a professora.

Entrar na universidade mudou o seu olhar para o mundo e também lhe apresentou a Ciência. “Fui bolsista de Iniciação Científica e, após a graduação, ingressei no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do ICBS, com orientação da professora Salete Smaniotto, que também foi minha orientadora durante a graduação. Finalizei o mestrado em 2011 e logo entrei para o doutorado em Biologia Celular e Molecular no Instituto Oswaldo Cruz, na Fiocruz no Rio de Janeiro, com orientação de Wilson Savino”, lembra.

Ainda no doutorado, Danielma participou do programa Ciências sem Fronteiras, com período de sanduíche na Universidade de Debrecen, Hungria. “Retornei para Maceió em 2015, após defender o doutorado, e fui aprovada no concurso para a área de Patologia no Setor de Patologia e Parasitologia do ICBS, e leciono as disciplinas de Patologia para os Cursos de Nutrição, Enfermagem e Ciências Biológicas. Além disso, passei a integrar o corpo de pesquisadores do Laboratório de Biologia Celular do ICBS, desenvolvendo projetos de pesquisa em envelhecimento do sistema imune e interações neuroimunoendócrinas”, diz.

“A minha história com a leitura e escrita começou desde quando eu era criança. Ler era (ainda é) uma diversão para mim, vivia pegando livros na biblioteca da escola ou gibis velhos na casa do meu avô. Mais para adolescência, eu consumia muitos dos clássicos da literatura brasileira e logo depois da estrangeira. Nesse tempo também surgiu a vontade de escrever histórias, mas eu nunca as terminava. Depois passei a escrever pequenos textos de ficção baseados nos personagens que lia e por fim, comecei a criar os meus personagens”, revela.

Seu primeiro livro foi o conto Inesperada Conexão, disponível em e-book na Amazon. Ele foi escrito em 2020, nos primeiros meses da pandemia, e conta a história de Alex, um rapaz que tenta retornar à sua vida amorosa após a morte do noivo. “Este conto é muito especial para mim, pois além de ser minha primeira publicação independente, os royalties das vendas são revertidos em doação para o Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rêgo, que atende a população  LGBTQIA+ em Alagoas”, explica Danielma.

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