Cidades

Greve de técnicos não deve interferir nas aulas da Ufal

De imediato não deve afetar, mesmo com paralisação por tempo indeterminado; docentes param apenas no dia 23 para advertir

Por Tribuna Independente 22/03/2022 10h29
Greve de técnicos não deve interferir nas aulas da Ufal
Mobilização de advertência dos docentes ocorre amanhã e não deve comprometer aulas retomadas ontem - Foto: Adailson Calheiros

O retorno às aulas presenciais na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) ontem (21) foi marcado pela deflagração de greve dos técnicos administrativos e paralisação de advertência dos docentes. As categorias decidiram em assembleia unificada mobilização para cobrar ao Governo Federal reposição salarial de 19,99%.

A maioria dos técnicos administrativos votou pela deflagração de greve por tempo indeterminado. No caso dos docentes, a paralisação será de advertência apenas na próxima quarta-feira (23) e uma nova assembleia deverá ser realizada na próxima semana.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal), o cenário atual de paralisação não deve comprometer de imediato as aulas da Universidade, tendo em vista que a mobilização dos docentes é de advertência.

MOBILIZAÇÕES

De acordo com o coordenador-geral do Sintufal Ricardo José Oliveira Ferro [Moresi], novas reuniões, inclusive com as entidades nacionais devem ocorrer para definir os rumos da mobilização. As duas categorias reivindicam recomposição salarial de 19,99%. Uma Comissão Unificada de Mobilização foi criada para acompanhar os rumos do movimento.

“A Comissão irá alinhar as ações que devem ser realizadas pelas entidades em defesa da recomposição salarial, pela revogação da Emenda Constitucional 95 e a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição 32, conhecida como reforma administrativa, que, se aprovada, representa mais um passo na destruição do serviço público patrocinado pelo governo Jair Bolsonaro”, apontou a Associação dos Docentes da Ufal (Adufal).

Na manhã da próxima quarta (23), um ato unificado deve reunir as duas categorias e representantes do movimento estudantil. “De acordo com o calendário de lutas da Campanha de Recomposição Salarial, o dia 23 de março é o indicativo para o início da greve geral dos servidores públicos por tempo indeterminado. Sendo assim, também é um dia para a realização de ações em defesa da educação e pela recomposição dos direitos dos servidores públicos”, explica a Adufal.