07/11/2022
Atualizada: 07/11/2022 14:56:02

Cards: Aleck Lima/Ascom Adufal

Há exatos 43 anos surgia a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas, a Adufal. A conquista, considerada assim por todos e todas os/as docentes da época, foi concretizada após uma reunião liderada pelos professores Abel Tenório Cavalcanti e Gilberto de Macedo, no dia 7 de novembro de 1979, no Auditório da Reitoria, hoje Espaço Cultural Salomão de Barros Lima, localizado na Praça Visconde de Sinimbu, no Centro de Maceió.

E em 2022, a Adufal segue cumprindo o compromisso firmado mais de quatro décadas atrás: lutar pela educação e defender a categoria docente.

Um pedaço da história

A reunião que desencadeou a fundação da entidade contou com a presença de 42 docentes e teve como diretriz o debate sobre a extrema necessidade de organização sindical da categoria, em defesa da universidade - como uma instituição pública, gratuita e de qualidade -, da dignidade salarial e pela melhoria das condições do trabalho dos/as professores/as.

Indo um pouco além, a entidade definiu também a inserção dos/as docentes na luta pela redemocratização da sociedade brasileira e a luta pela Anistia Geral e Irrestrita como bandeira de luta política, considerando o cenário político em que o país se encontrava à época.

Foto digitalizada do arquivo da Adufal.

O atual presidente da Adufal, professor Jailton Lira, relembra como a sociedade se encontrava social e politicamente durante o período e como este momento foi desafiador para a entidade.

“A Adufal foi fundada no período final do regime militar, no qual atravessou importantes momentos em defesa da democracia, atravessou um período duro do regime neoliberal no Brasil, em que a universidade pública e gratuita foi duramente atingida por cortes orçamentários e pela privatização do espaço público”, recordou o docente.

A primeira diretoria

A primeira diretoria eleita da Adufal teve como presidente o professor Marcelo Lavenère Machado; como vice-presidente Gilberto de Macedo; Renato Gama Vieira da Silva – como primeiro secretário; Maria Mendes de Santana - segunda secretária; José Bento Pereira Barros – tesoureiro; os/as professores/as Clóvis Antunes Carneiro de Albuquerque, Maria Cristina Hellmeister, Hilda Laffitte Cardoso da Silva, Eduardo Perdigão de Lemos, Paulo Luís Neto Lobo, como membros efetivos; e as professoras Maria Violeta Dantas e Vanda Ávila Ramos como suplentes.

A diretoria em 2022

Atualmente, a Adufal está sob a gestão Autonomia e Resistência 2021-2023, formada pelos/as docentes: Jailton Lira, como presidente; Sandra Lira, vice-presidenta; Irailde Correia, secretária-geral; Esmeralda Moura, primeira-secretária; Rosangela Reis, tesoureira; Tânia Voronkoff, vice-tesoureira; Ricardo Coelho e Ailton Galvão, diretores de Política Sindical; Terezinha Ataide e Jenner Barretto, diretor e diretora de Política Educacional e Científica; Altair Marques e Marta de Moura, diretor e diretora de Política Cultural; Carlos Muller e Francisco Pereira,  diretores de Divulgação e Imprensa.

Parte da atual diretoria durante a cerimônia de posse.

A sede da Adufal

A sede da Adufal, localizada na Rua Dr. José de Albuquerque Porciúncula, nº 121, no bairro do Farol, em Maceió, foi adquirida em outubro de 1992, uma conquista marcante para a atuação mais eficaz em prol da categoria docente.

Fachada da sede da Adufal antes da reforma em 2018.

Em 2018, a unidade passou por uma grande reforma, que resultou, principalmente, na construção de novas salas, reforma do auditório, modificação da fachada, criação de vagas de estacionamento, entre outras mudanças.

Fachada da sede da Adufal após a reforma.

Atualmente, além da sede instalada no bairro do Farol, em Maceió, a Adufal possui também uma unidade no Centro de Interesse Comunitário (CIC), localizado no Campus A. C. Simões, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com funcionamento às terças e quartas-feiras, das 8h às 17h.

Votos para o futuro

Em 2022, celebrando o aniversário de 43 anos, a Adufal se encontra frente a um cenário com elementos semelhantes à época de seu nascimento, e que exige a necessidade de reafirmação de seus compromissos.

Sendo assim, mais uma vez, a entidade assume um papel importante para a redemocratização do país, reforçando seu compromisso ético e político na defesa da universidade pública como uma instituição que promove ensino, pesquisa e extensão, pública e gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada.

“Nesse atual momento da sociedade, estamos atravessando um outro período dificílimo que se encerra com o governo Jair Bolsonaro. Um período em que a educação mais uma vez foi atacada e a universidade pública foi o alvo principal desses ataques. Para o futuro, defendemos a recomposição do orçamento da universidade pública e a reestruturação da carreira docente”, disse Jailton Lira.

A Adufal agradece a todos que fizeram e fazem parte da sua história e seguirá firme na luta em defesa do estado democrático de direito, da garantia dos direitos trabalhista, contra a terceirização dos serviços públicos e por uma sociedade mais justa e menos desigual.

Fonte: Vanessa Ataide/Ascom Adufal

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