5ª Expedição Científica do Baixo São Francisco leva educação e saúde a comunidades ribeirinhas

Ciência, educação e saúde são os três eixos que compõem uma das mais completas expedições científicas do Brasil, a Expedição Científica do Baixo São Francisco. Em sua quinta edição, vai passar por sete municípios alagoanos e três sergipanos, contemplando toda a região do Baixo São Francisco, recolhendo amostras do solo, flora, água, ictiofauna, avaliando a saúde e levando atividades educativas às populações ribeirinhas, de indígenas e quilombolas.

Sob a coordenação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Rondônia (Unir) também participam e apoiam o projeto, que envolve 35 áreas de pesquisa.

“A Expedição reúne vinte instituições de ensino e pesquisa, são 66 pesquisadores embarcados e 250 pessoas embarcadas ou em terra. Esta é a terceira edição que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) financia e já temos garantido o financiamento para mais duas expedições, que virou modelo para outras expedições nacionais. É uma forma da universidade sair a campo e interagir com as comunidades, do ponto de vista científico e da extensão, prestando serviços na área de cultura, saúde e educação”, afirmou o reitor da UFAL, Josealdo Tonholo. “A Expedição do Rio São Francisco é um jeito da universidade trabalhar pesquisa de qualidade, trazendo o foco para os problemas locais, é na verdade uma redescoberta de nosso território”, acrescentou.

Conforme afirma o reitor da UFS, Valter Joviniano, as universidades federais são reconhecidas pela formação de recursos humanos, mas fazem muito mais, transformando as realidades onde estão inseridas. “A Expedição Científica do Rio São Francisco reflete esse potencial transformador originado dentro dos bancos das universidades, por meio das ações de extensão, pesquisa e inovação, e põe em prática tudo aquilo que desenvolvemos dentro das universidades em favor da sociedade. A Expedição atua na proteção, restauração e crescimento do Rio São Francisco, importante instrumento de desenvolvimento econômico e social para a população do nordeste”, detalha.

A 5ª Expedição, iniciada em 3 de novembro, vai até o dia 12, e seus resultados, assim como nas edições anteriores, serão disponibilizados em livro. Além da coleta de materiais de pesquisa, esta edição vai fortalecer também ações de educação ambiental, por meio de palestras de conscientização e sensibilização nas escolas públicas das comunidades ribeirinhas, plantio de árvores nativas para reflorestamento das matas ciliares e instalação de Pontos de Entrega Voluntária de resíduos.

Barco da saúde

Nesta 5ª edição, a novidade é o acompanhamento de profissionais de saúde de várias especialidades, que farão o atendimento das comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas com a realização de exames laboratoriais, de checagem de saúde da mulher, rastreabilidade de câncer de intestino. Estes atendimentos serão feitos no Barco da Saúde, em todos os municípios participantes da Expedição.

Recreação e esporte

Além das atividades de pesquisa, professores do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe) da UFAL estão desenvolvendo atividades recreativas na Expedição, com o objetivo de valorizar, incentivar e identificar talentos para o futebol feminino. O projeto Academia e Futebol tem o objetivo de promover atividades físicas, valorizar talentos locais e identificar e capacitar agentes sociais que já atuam com o futebol nos municípios ribeirinhos. Veja aqui publicação no Instagram.

Parcerias

Dentre os principais objetivos das Expedições estão a realização de diagnósticos que auxiliem a elaboração de políticas públicas econômicas, sociais e ambientais para a região do Baixo São Francisco, observando os impactos da pesca, poluição aquática, desmatamento e assoreamento, patologias e parasitologia de peixes e crustáceos, índices de metais pesados e pesticidas e sua influência na qualidade do pescado e da água. Para tanto, as Expedições Científicas contam com parcerias de órgãos do governo federal e dos governos locais, e investimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), CBH São Francisco, Codevasf, Semarh-AL e Fapeal, e também apoio de: Fundepes, Agência Peixe Vivo, Tanto Expresso, ICMBio, Emater-AL, Hanna Instruments, Colgate, Rotary Club Arapiraca, Grupo Coringa, Andrade Distribuidor LTDA, INPI, UEFS e do IEAPM.

Com informações Ascom UFAL