11/10/2022
Atualizada: 07/11/2022 12:22:31

Fotos de Karina Dantas/Ascom Adufal

Docentes e técnicos-administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se reuniram, na manhã desta segunda-feira (10), no auditório da Reitoria, no Campus A. C. Simões, para debater pautas importantes de interesse dos servidores públicos e da população em geral.

A princípio, a reunião foi convocada pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) e Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) em caráter de assembleia geral conjunta, mas não houve quórum para deliberações, então os participantes permaneceram para dialogar sobre a situação orçamentária preocupante da Ufal e sobre a importância de derrotar Bolsonaro nas urnas, como forma de defender os serviços públicos e a democracia.

Na ocasião, o pró-reitor de Gestão Institucional, Jarman Aderico, e a coordenadora de programação orçamentária da Proginst, Luisa Oliveira, fizeram uma explanação sobre os recursos bloqueados da Ufal, e as dificuldades em fechar as contas do ano corrente, mencionando o contingenciamento efetuado no mês de junho de menos 8%, resultando em um bloqueio de R$ 6,974 milhões do orçamento da Ufal.

“Esse valor diminuiu nossa dotação de 96 milhões para 89 milhões, somente em junho desse ano. No período, a gente entendia que ainda teria uma possibilidade de reajuste das contas universitárias, afinal a gente ainda estava no meio do ano, mas ao receber esse novo bloqueio agora em outubro, é muito mais difícil para a gente refazer essa manobra, porque a gente tem pouquíssimo tempo e os compromissos da Ufal já estão firmados até o final do ano”, explicou Luisa Oliveira.

Os representantes da Proginst também relataram que, apesar da informação de que o governo Bolsonaro teria revertido, na sexta-feira (7), o decreto nº 11.216 que resultava em um bloqueio de mais R$ 4,8 milhões somente para Ufal, o valor ainda permanecia bloqueado para a Ufal, na segunda-feira (10).

“É importante ressaltar que esse valor que eles supostamente colocaram de volta nos recursos das universidades, eles retiraram do Ministério da Ciência e Tecnologia. O fato é que nós temos, aqui na Universidade Federal, uma sequência de cortes orçamentários feitos desde o início do Governo Bolsonaro e esse ano isso acabou se acentuando”, reforçou Jailton Lira.

Ainda na reunião, o presidente da Adufal, Jailton Lira, fez a leitura da circular 363/22 do Andes – Sindicato Nacional, que recomenda o voto no candidato Lula (PT) no segundo turno das Eleições 2022, para derrotar Bolsonaro e defender a educação pública e a democracia. O professor também reforçou que a Diretoria da Adufal endossa completamente o documento apresentado.

A reunião ainda contou com a participação de estudantes da Ufal e representantes de entidades sindicais, como a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, e Elida Miranda, representando a CUT-AL.

Encaminhamentos

Em sua fala, a professora Celi Taffarel (Arapiraca) sugeriu a criação de uma comissão de mobilização com o intuito de visitar as salas de aula e as Unidades Acadêmicas para dialogar com a comunidade acadêmica sobre os riscos que a reeleição de Bolsonaro pode representar para a sociedade, podendo comprometer, inclusive, o funcionamento pleno da própria Ufal, que possui função social importante para os alagoanos e alagoanas.

“O que nós temos que fazer hoje para defender a universidade pública? Tem que unificar a luta, estudantes, professores, técnicos e terceirizados. Têm que manter mobilização permanente e tem que sair dessa reunião a indicação da comissão que vai conduzir esse processo”, disse Celi Taffarel.

A mesa diretora acatou a proposta e logo criou a comissão de mobilização com docentes e técnicos que se voluntariaram durante a reunião, e após, se reuniram na sede da Adufal, no Centro de Interesse Comunitário (CIC), para estabelecer as primeiras atividades do calendário de mobilização, que serão:

  • 13 de outubro (quinta-feira): 6h30, panfletagem em frente à Ufal
  • 13 de outubro (quinta-feira): 9h, Ato pela democracia na Praça da Paz (Ufal) e panfletagem
  • 17 de outubro (segunda-feira): 6h30, panfletagem em frente ao Restaurante Universitário (R.U.) da Ufal
  • 18 de outubro (terça-feira): 13h, realização de ato público em defesa da democracia e pelo Fora Bolsonaro com concentração na Praça Centenário.

Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal

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