Por g1 AL


Animais são abandonados na Ufal — Foto: Ascom Ufal

Nos últimos meses, tem crescido o número de animais abandonados no Campus da Universidades Federal de Alagoas (Ufal), segundo a própria instituição. O local virou área de descarte e muitos cães e gatos ficam soltos. Além de cruel, o abandono de animais é crime por ser considerado uma forma de maus-tratos.

No caso da Ufal, alguns voluntários até tentam ajudar, mas falta recurso. Para conter a crescente onda de descarte de animais, a universidade estuda a possibilidade de criar uma comissão para tratar a situação de forma institucional.

“A Ufal virou uma área de abandono. Não temos financiamento e equipamentos. Não conseguimos dar conta de tantos cães e gatos abandonados no Campus e pedimos que as pessoas não façam isso”, disse a professora Luiza Rabelo, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS).

Um grupo de servidores e alunos criou um núcleo de voluntários que até cuida dos cães e gatos que circulam pelo Campus, mas com dificuldades. Mas apesar do acolhimento, a professora disse que não há recursos para manter os animais alimentados e saudáveis.

“Justamente as [pessoas] que têm menos recursos financeiros são as que mais se dedicam a abrigar, dar banho, medicar e dar carinho aos cães e gatos soltos pela Universidade”, disse.

A Ufal reforça que não existe uma regulamentação ou uma comissão específica para tratar do convívio com cães e gatos que circulam no Campus. Para evitar o descarte e amparar os animais que já se encontram no local, a Ufal estuda a criação de uma comissão voltada para o bem-estar animal. Uma reunião foi feita no mês de janeiro para debater o assunto.

“Assim que a portaria for publicada, vamos iniciar a formatação de uma regulamentação sobre convívio animal para ser aprovada no Consuni”, explicou a professora Luiza.

A pena para quem comete o crime de abandono de animal é de até cinco anos de prisão.

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