Relatos e Historias
MINHA HISTÓRIA COM A REDE EBSERH
“Considero o Hupaa-Ufal/Ebserh como um hotel 5 Estrelas. Sou grato a Deus e ao tratamento que recebi aqui”.
Maceió (AL) – “Meu transplante de fígado teve início em 2010. Eu era doador de sangue e de órgãos, como informado no meu RG. Doava sangue a cada seis meses, e, no hemograma que fiz na Santa Casa, foi detectada uma alteração no sangue. Fiz os exames e estava com hepatite B.
Comecei a tratar a doença. Cheguei a ser interno em outro hospital por volta de 15 dias. Passei por outros dois. Me tratei por dois anos, com várias substâncias como Entecavir e Adefovir, mas nada conseguiu exterminar esse vírus.
Em 2014, após quatro anos de tratamento sem muito sucesso, fui encaminhado para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Hupaa-Ufal), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Chegando na unidade, tive um tratamento excelente e conheci uma pessoa maravilhosa, que considero um anjo de luz, minha amiga e irmã: a hepatologista Leila Tojal. Ela me acompanhava de perto, junto com uma equipe maravilhosa, a do quarto andar, e o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), onde fui muito bem tratado pelas enfermeiras.
Tive ascite refratária, que não tinha solução. A barriga crescia e precisei de vários internamentos no Hupaa. Num deles, cheguei a tirar 22 litros de líquido em um dia. Também tinha problemas neurológicos, com crises de encefalopatia.
Em 2018, a médica me encaminhou para a fila de transplante no Recife. Fiquei lá aguardando por volta de dois anos, na casa de parentes. Nesse tempo e durante a fase mais aguda da covid-19, não chegou nenhum fígado compatível a mim.
Dra. Leila, então, me transferiu para a Paraíba, em João Pessoa. Eu era o segundo, na listagem do local, mas também não chegou o fígado. Foi quando Maceió, em 2021, deu início aos transplantes hepáticos. Aproveitando a oportunidade, ela me perguntou, em consulta, se eu queria fazer na capital alagoana; eu aceitei e fui transferido.
Em janeiro, dei entrada na Santa Casa e, em maio, tive a felicidade de conseguir uma doadora. Tive a sorte de ser o primeiro transplantado de Alagoas, no dia 14 daquele mês, fato que ficou marcado na saúde do estado. Até hoje, já aconteceram 13 operações deste tipo.
Até hoje sou acompanhado no pós-transplante no Hupaa, pois continuo tomando imunossupressores. Tenho uma gratidão eterna com o Hupaa, que me acolheu e, por isso, recomendo a pessoas até hoje. Ajudo pacientes com problemas de fígado, encaminho para Leila Tojal que, para mim, é uma das melhores profissionais de Alagoas e – posso considerar – do Brasil. Ela é excelente.
Construímos uma família, a Associação Alagoana de Doentes e Transplantados de Fígado (ALAF). Temos um grupo de transplantados que se reúne uma vez por mês, em datas comemorativas, como São João e natal, aniversários de vida e de transplante dos membros.
Tudo começou por conta de uma hepatite B e, hoje, me considero guerreiro, vitorioso, em nome de Jesus, e grato ao HU. Agradeço a Deus, acima de todas as coisas, por ele colocar anjos de luz para cuidar da minha vida e da minha saúde. Por isso, tenho gratidão eterna.
Jorge Ricardo Queiroz de Andrade, 58 anos
Paciente do Hupaa-Ufal/Ebserh