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O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), vai promover uma aula pública, na terça-feira, 21 de março, às 19h, no auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), para marcar o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1966, para celebrar a memória das 69 pessoas mortas no chamado Massacre de Shaperville, em Joanesburgo, na África do Sul, que participavam de um protesto contra a Lei do Passe, em 21 de março de 1960.

Essa lei era uma das limitações segregacionistas impostas aos negros e negras, impedindo a livre circulação em lugares destinados à minoria branca.

O regime conhecido como Apartheid vigorou na África do Sul de 1948 a 1994. Nelson Mandela foi um dos grandes líderes da luta contra a segregação racial e passou 27 anos preso, de 1962 a 1989.

Após a luta internacional pelo fim da discriminação racial, Mandela foi libertado, recebeu o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul.

Esses registros históricos e a importância deles para a luta antirracista na atualidade, serão debatidos na aula pública, com a presença do ativista político mineiro Léo Péricles, presidente nacional da Unidade Popular e o único homem negro a disputar as eleições presidenciais em 2022. “Nessa aula pública, vamos tratar das discriminações que ainda persistem e de um tema fundamental, que é a participação de negros e negras na política brasileira”, ressalta Danilo Marques, diretor do Neabi-Ufal.

Ascom Ufal