CLIMA

Professor da Ufal participa de Simpósio da ONU na Áustria

Humberto Barbosa discutiu ação climática mundial
Por Assessoria 15/09/2023 - 08:46

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Participantes de simpósio
Participantes de simpósio

Durante os dias 12 a 14 de setembro, os servidores Alessandra Gomes e Lincoln Alves participaram do Simpósio “Space for climate action: space applications and technologies for sustainability on Earth” ("Espaço para ação climática: aplicações espaciais e tecnologias para a sustentabilidade na Terra”) promovido pela ONU (UNOOSA) em Graz, Áustria.

Foram organizados estudos de caso com os países África do Sul, Brasil e Eslovênia. Nestes painéis foram apresentadas atividades na área espacial que pudessem minimizar os efeitos das mudanças climáticas e as relações com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Foram convidados, além dos servidores do INPE, o Prof. Humberto Barbosa da Universidade Federal da Alagoas (UFAL) e a Sra. Adriana Thomé, que atua na Assessoria Internacional do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para compor o Painel brasileiro.

Nas apresentações do INPE, Alessandra Gomes focou no processo de desflorestamento na Amazônia e como o INPE monitora cada uma das etapas, desde o corte seletivo, fogo, corte raso e uso e cobertura da terra. Os projetos PRODES, DETER, Queimadas e TerraClass foram citados, bem como os parceiros de outras instituições nacionais que atuam e contribuem para a geração e validação dos dados. A disponibilidade dos dados resultantes do monitoramento, via Portal TerraBrasilis (http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/) e transparência das tecnologias e dados gerados deixa o Brasil em uma posição de referência no monitoramento da Amazônia, desenvolvido há mais de 30 anos e incentiva o desenvolvimento de capacidades a outros países e instituições interessadas nestes projetos e atividades.

Humberto Barbosa
Humberto Barbosa

Já o pesquisador Lincoln Alves destacou na sua apresentação que o Relatório de Síntese da Sexta Avaliação do IPCC (AR6) alerta para a gravidade das mudanças ambientais globais, exigindo uma ação urgente de todas as nações. No Brasil, a maioria dos desastres são causados por enchentes, deslizamentos e secas. Os estudos desenvolvidos pelo INPE projetam um aumento na frequência e intensidade de eventos extremos que podem causar inúmeros desastres até o final do século. Ele sugere a utilização de tecnologia espacial e ferramentas de geoprocessamento, como o TerraMA² para prever e mitigar desastres. Além disso, demonstrou que o Brasil destaca-se ao fornecer dados públicos para entender os riscos climáticos, exemplificado pela plataforma AdaptaBrasil MCTI (https://adaptabrasil.mcti.gov.br/), que ajuda na formulação de políticas climáticas. Esses esforços visam aproximar a ciência climática dos tomadores de decisão e promover a conscientização sobre os riscos climáticos.

A Sra. Adriana Thomé apresentou o do quadro de políticas espaciais brasileiras que apoiam as ações de combate à mudança do clima. O principal objetivo da apresentação foi enfatizar a importância da cadeia de políticas institucionais que se inicia no nível ministerial e são propagadas e refletidas nas instituições executoras do programa espacial, para a sustentabilidade dos projetos estratégicos voltados ao combate às mudanças climáticas.

O Prof. Humberto falou sobre a Plataforma EUMETCast, apoiada e gerenciada pela Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (EUMETSAT) e outros parceiros. Esta Plataforma atende o Brasil usando estações receptoras de satélite de baixo custo, baseadas em padrões de transmissão de vídeo digital para a disseminação gratuita de dados ambientais. Em colaboração com o EUMETSAT Data Center, os especialistas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (LAPIS), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), desenvolveram um sistema experimental de monitoramento de secas para fornecer informações oportunas e úteis sobre seca no Brasil.

O Evento também contou com participação da Primeira Secretária da Embaixada do Brasil em Viena, Sra. Vanessa Sant’Anna Bonifácio Tavares, e o Especialista em Ciência e Tecnologia Espacial UNOOSA, Sr. Rodrigo Lordêlo de Santana, que acompanharam e apoiaram a participação dos brasileiros neste Simpósio.

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