O relatório foi apresentado para o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Luiz Neto, e outros gestores da empresa. A pesquisa foi coordenada pelos técnicos do laboratório de saneamento da Ufal, sob a supervisão da professora doutora Nélia Callado, especialista em hidráulica e saneamento. O estudo teve o apoio da Casal e da concessionária BRK.
Durante o período de 2021 a 2023, que corresponde ao auge da pandemia, os pesquisadores coletaram amostras de esgoto em diversas áreas de Maceió, incluindo estações elevatórias, estações de tratamento de esgoto e canais urbanos como o de Águas Férreas, em Cruz das Almas, e do Salgadinho, no Centro.
A iniciativa teve como objetivo monitorar o sistema de esgotamento sanitário da capital alagoana e avaliar a presença do coronavírus nas amostras coletadas. A análise físico-química e a identificação do vírus serviram como ferramentas para controlar e mapear a evolução da qualidade dos efluentes, das condições socioeconômicas e da saúde pública.
Segundo Luiz Neto, presidente da Casal, a parceria com a Ufal demonstra o compromisso da empresa com a saúde da população. Ele ressalta a importância do trabalho científico realizado em conjunto com a universidade para beneficiar a população de Alagoas.
Para Nélia Callado, a pesquisa confirma que o coronavírus sempre esteve presente nas tubulações de esgoto. Durante o pico da pandemia, essa circulação do vírus contribuiu para o aumento dos casos da doença. O relatório serve como parâmetro e alerta para as autoridades de saúde do Estado.
A apresentação do relatório contou com a presença de representantes da Casal, incluindo a chefe de Gabinete, os superintendentes de Meio Ambiente e Qualidade do Produto e de Engenharia, além das professoras da Ufal Maria Raphaella Vasconcelos e Daysy Lira. Também estiveram presentes representantes da BRK, como o diretor operacional e os engenheiros.
Esse estudo representa um importante passo no entendimento da circulação do coronavírus e na busca por estratégias de controle da pandemia. Os resultados reforçam a necessidade de investimentos em saneamento básico e no tratamento do esgoto, visando não apenas a saúde da população, mas também a prevenção de futuras epidemias.