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Conheça projetos que contribuem para uma Alagoas sustentável

Economia circular atua na transformação do que antes era considerado lixo, tornando-o útil novamente

“Jogar o lixo fora.” Apesar de estarmos acostumados a essa expressão e a descartar o que não utilizamos mais, a pergunta é: existe mesmo um “fora” já que tudo fica no nosso planeta? Para ajudar a reverter essa cultura, um novo conceito de “Economia Circular” começa a ganhar espaço entre empresas e instituições. Mas o que é essa tal economia e como ela pode contribuir para o meio ambiente e a sociedade? A economia circular atua na transformação do que antes era considerado lixo, tornando-o útil novamente e agregando neste processo criatividade, oportunidade e renda.

Durante o mês de setembro, a Gazetaweb e a Rádio Mix FM trazem uma série especial de quatro reportagens sobre projetos em Alagoas que têm a economia circular como foco central de transformação, como é o caso do Banco Laguna e o beneficiamento das cascas de sururu, iniciativa premiada nacionalmente que apresentamos a seguir.

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					Conheça projetos que contribuem para uma Alagoas sustentável
Conheça exemplos de projetos que estão contribuindo para uma Alagoas sustentável. Assessoria

A “moeda de Sururu”

Das cascas de sururu que se acumulavam e poluíam as margens da Lagoa Mundaú a produtos de design com alto valor agregado que se transformaram em símbolo de sustentabilidade e fazem sucesso entre arquitetos de todo o país: essa é a inspiradora trajetória do projeto iniciado no bairro do Vergel do Lago, exemplo de Economia Circular que já coleciona diversos prêmios.

Com a atuação de diversos parceiros ao longo de toda a cadeia, o que antes era um problema, agora é sinônimo de renda para a comunidade.

Tudo começou com o trabalho social realizado pelo Instituto Mandaver com as marisqueiras da região: após um treinamento em economia circular e gestão de resíduos, um grupo de mulheres foi cadastrado no Banco Laguna, banco social criado especialmente para o projeto com apoio de parceiros como a Braskem, a Incubadora de Economia Solidária da Ufal, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), a ong Gerando Falcões e o Sebrae-AL.

“Graças ao apoio e ao aporte financeiro destes parceiros, o Banco Laguna consegue comprar as cascas do sururu que são tratadas e levadas pelas mulheres”, afirma Lisania Pereira, presidente do Instituto Mandaver. O pagamento é feito em “Sururotes”, moeda social validada pela Rede Brasileira de Bancos Comunitários, que tem cotação equivalente a R$ 1. Por mês, cada marisqueira pode entregar o limite de até 40 caixas de cascas de sururu, o que equivale a 520 kg mensais. Em troca, recebem 260 Sururotes do Banco Laguna, o que corresponde a R$ 260,00, que podem ser investidos na compra de produtos alimentícios e de higiene pessoal em diversos estabelecimentos dentro do território do Vergel, como supermercado, farmácia, lojas de roupa, conserto, barbearia e outros. Posteriormente, os empresários que receberam Sururotes como pagamento vão até o banco fazer o câmbio em Real.

“É com muita satisfação que participamos com contrapartidas que permitiram o início do capital de giro do Banco Laguna”, afirma Milton Pradines, gerente de Relações Institucionais da Braskem. “É por meio do incentivo à Economia Circular que a Braskem endereça grandes desafios da sociedade, investindo em soluções como esta que agrega mais valor ao sururu, promovendo o desenvolvimento social e econômico da região e combatendo os impactos ambientais ocasionados pelo descarte irregular de toneladas de conchas à beira da Lagoa Mundaú”, completa.


				
					Conheça projetos que contribuem para uma Alagoas sustentável
Conheça exemplos de projetos que estão contribuindo para uma Alagoas sustentável. Assessoria

Vencedor este ano do “Prêmio Educação Financeira Transforma”, um dos mais importantes do país no setor conferido pelo Instituto XP, braço de ações sociais do banco de investimentos XP, o projeto do Banco Laguna faz com que, por ano, cerca de 17 toneladas de cascas sejam recolhidas e encaminhadas para o Entreposto do Sururu, espaço viabilizado por meio de Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) para o beneficiamento das conchas de sururu. Material rico em calcário, as conchas trituradas em diferentes granulometrias podem ser utilizadas para diversos fins, como a construção civil, siderurgia, pecuária, agricultura, papel e celulose, cerâmica e revestimento, e muitos outros.

Design sustentável

Na ponta final de toda esta “cadeia circular do bem” estão mais empresas dispostas a desenvolver produtos e a colocá-los no mercado, como é o caso das texturas “Sururu” e “Massunim”, da linha Casa Lussa, desenvolvidas e comercializadas pela Ibratin, e o “Cobogó Mundaú”, idealizado pelo Instituto A Gente Transforma, liderado pelo designer Marcelo Rosenbaum. Abraçado pelo grupo Portobello em parceria com a comunidade presente no Entreposto do Sururu, o produto, que conta também com a assinatura do designer alagoano Rodrigo Ambrósio, ganhou escala industrial e hoje é distribuído nacionalmente.

Com seus recortes vazados em formato orgânico que lembram o da concha do sururu, o Cobogó já conquistou prêmios como o Expo Revestir 2020, o Casa Vogue Design 2021 e, em 2022, o prêmio internacional iF Design Award, na categoria produto, uma das maiores premiações de design do mundo. No caso do Cobogó Mundaú, além da estética, a premiação reconheceu o processo de desenvolvimento sustentável do produto, que é composto por 62,5% da concha do Sururu. “Destaca-se pela orientação para a redução do impacto ambiental, a cocriação com a comunidade e a promoção da economia circular, merecendo o prêmio do júri pelo seu protagonismo em prol da sustentabilidade”, publicou o iF Design Award 2022. “Quando o consumidor compra um desses cobogós, está fazendo parte desta cadeia que busca transformar esta realidade de extrema vulnerabilidade. Além de adquirir um produto único, os clientes também serão protagonistas da mudança. Por isso, enxergamos este projeto de forma tão especial”, destacou na ocasião da premiação Pamela Golin, gerente de Produto da Portobello.


				
					Conheça projetos que contribuem para uma Alagoas sustentável
Assessoria

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